quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Retrospecto

Substantivo masculino. Vista ou análise de fato passado; retrospectiva.
Processo pelo qual as sequências de uma história, ação ou narrativa, relacionadas com fatos anteriores, são intercaladas na ação presente: retrospecto da vida das personagens.

[2009?!
Putz!]

Conclusões, amigos os mais maravilhosos, danças as mais lindas, novas cores, novos riscos, novos abismos.
Novos amores, novas paixões, sentimentos.
Mais paciência, mais música, mais letras, mais sorrisos, mais sinceridade, liberdade.
Menos tempo, menos confusões, menos angústias, saudades.
Projetos concluídos e inacabados, palavras lindas, descobertas.
Cheiros, sabores, texturas, família, irmão, Bento!
[E de ruim?!] Muitas, muitas coisas. Mas o que são as coisas ruins diante de dias maravilhosos, onde não existe tempo pra parar de sorrir, o que são elas ao lado de uma voz linda dizendo: "Oi Aninha! Tô com saudade!", cujo possuidor me faz também criança pra cantar, dançar, correr, pular e sorrir sem parar.
Qual ruim seria relembrável diante dos dias de loucura e razão, ao lado dos mais lindos que sonhei, pulando ondas, comendo chocolate, congelando nas águas geladas de Bonito, bebendo até não poder mais, gargalhando até a bochecha doer e pedir pra parar, chorando - mas num colo tão fofo que era até bom...
Ah, claro que eu não vou lembrar de tudo.
O que eu quero no final das contas é registrar aqui que valeu! Que esse ano terminal foi lindo, inesquecível e certamente... sei lá!

[Minha barriga tá meio estranha, ai não sei se o que to sentido é do meu coração ou dela... acho que são tantas coisas pra lembrar, que os sentimentos se misturaram, e resolveram parar de sentir pra terminar a confusão.]

Novo ano, novo marco, novo "começo". Não, acho que é somente um recomeço, para que continuemos a buscar nossos sonhos, mas começando a continuação do zero, se é que me entendem.
Desejo nessa nova continação, aprender a falar a palavra açucena, a pedir água, beber café. Dormir na sua presença e chupar bala de hortelã. Ser ainda mais descuidada pro amor vim com tudo, me pegar, me comer e me molhar toda, mesmo não sendo água.
Desejo tudo de novo, e por novo, mais bonito.
Ter sempre o olho aberto, o papo reto e o peito como bússola.
O peito como bússola.
Pra mim, pra você, pra nós, dois, três, mais, mais.
Feliz, feliz!

sábado, 26 de dezembro de 2009

Férias

Por que não há nada sem separação?
Hoje o dia foi nublado de novo. Me disseram que em Copacabana o sol tava lindo, a praia “bombando”, a cerveja estupidamente gelada e o mar mais convidativo do que nunca.
Aqui tava calor, mas o sol não entrou. A pele é que dava sinais de que tava quente, mas meu coração era um gelo só. Meu quarto permaneceu escurinho durante todo o dia. Gabriel García Márquez ainda conseguiu me distrair por alguns segundos. A preocupação com a amiga perdida no interior, a onda dos sonhos, a louça suja e Dona Ana também.
Mas no final, a nuvem escura ainda não se foi. A saudade também não. Ouço tua voz, sinto teu cheiro, vejo a menos de um metro teus pés sambando pra eu ver como se samba sem sair do lugar.
Não é sempre assim, e é isso que me faz ficar bem, apesar de triste. Sei que algumas horas, somadas a companhias agradáveis e divertidas, fumaças e cervejas me farão te esquecer e quem sabe até o sol nascer. Mas por enquanto me resta curtir a dor, pra tirar dela alguma lição. Me resta sentir essas lágrimas caindo em meu rosto, e acreditar que elas podem limpar essas marcas que tenho nele. E por fim, me resta sentir as lágrimas em meu peito, pra quem sabe limpar as marcar que ficaram de ti, em mim.
Achei que você fosse gostar do presente. E agora, o que faço com ele? Como sempre apressei as coisas. Essa mania de ter pressa, de correr, de querer tudo muito rápido, essa mania deve ser a culpada de tudo. Tive tanta pressa em te ter pra mim, te botei na minha cabeça, acreditei que tinha você, mas esqueci que ali era só tua imagem. Agora nem tenho coragem de ir busca-lo. Porque não sei o que fazer com ele. Pensei em dar pra um amigo, mas não sei como vai ser quando ver ele em outro, e no final das contas não sei o que fazer.
E aí, no final das contas não sei o que fazer com essa coisa que me aperta o coração. Não sei o que fazer com os sonhos que sonhei acordada, com você nele e com você do lado. Não sei o que fazer com o teu cheiro que parece impregnado em minhas vias, com a vontade de sorrir e gargalhar que sentia só em olhar pros teus olhinhos apertados, com tudo de bom que guardei pra gente, com a vontade de aproveitar tanta coisa boa que a vida tem, contigo perto de mim. Não sei o que fazer quando Isa me diz que "queria ele com a gente, no nosso grupo”, com Marquinhos dizendo que ao contrário daquele, você era 100%. Não sei o que fazer quando te vejo.
Quando te abraço, quando te vejo dançando tão longe que de tão perto faz doer.
Não sei o que fazer. Não sei.

Ah, quer saber?!
Vou tirar férias.
Feito! Férias! Férias! Tirei férias! Vou me apaixonar por meus peixes, meus livros, meus chocolates, minhas letras e os sorrisos que por mim passarem.
Férias, é isso! Férias.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Por Chico.

Como o tempo aprendi que o ciúme é um sentimento para proclamar de peito aberto, no instante mesmo de sua origem. Porque ao nascer, ele é realmente um sentimento cortês, deve ser logo oferecido à mulher como uma rosa. Senão, no instante seguinte ele se fecha em repolho, dentro dele todo mal fermenta.

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Foi quando apareceu aquela que me ensinou a escrever de trás para diante. Zelosa dos meus escritos, só ela os sabia ler, mirando-se no espelo. E toda noite ele apagava o que de dia fora escrito para que eu jamais cessasse de escrever nela.

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Qual é a coisa mais importante do mundo?
-Trabalho e amor.

Qual é a coisa mais importante para você, como indivíduo?
- A liberdade para trabalhar e amar.

O que é o amor?
- Não sei definir, e você?
Nem eu.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Você vai entrar pela porta que eu deixei entreaberta, há uma hora que eu não descolo os olhos da luz de neon do hall que se filtra como um prenúncio da tua chegada. Antes de você chegar você já chega como uma nuvem que vem na frente, antes de você chegar eu ouço tua ansiedade vindo, tua luz, teu som nas ruas, teu coração batendo mais forte porque vai me encontrar... Eu sei que minha presença te fará nervosa, tuas mãos ficam úmidas, sei que você se arrumou melhor para me ver, sabe dos vestidos que eu gosto, botou uma calcinha sexy por via das dúvidas, eu sei que você sabe que eu sei de tudo que você era e que teu único tesouro é o que eu não sei mais... mulher... por isso, teu peito dispara e você vem vindo pela rua sem ar, e você vem e você chega e entra quebrando o realismo da sala, quando você entra muda tudo, a casa fica diferente, as cadeiras se movem, os vasos de rosa voam no ar, as mesas rodam, rodam e eu começo a perder o controle da minha solidão; sozinho eu me seguro, mas você chega e eu danço, pois você sabe de mil truques para me jogar no abismo... você chega e o terrível perigo do Outro se desenha; você é um ponto de interrogação, uma janela aberta para o ar, um copo de veneno, você é o meu medo, o mar fica em ressaca, fico à beira do riso e das lágrimas, perto do céu e perto do crime, um relógio de briga começa a contar os segundos da luta, uma multidão de fantasmas de terno e gravata me assiste com o coração sangrando, perco o controle e entramos os dois num barco em alto-mar, à deriva...

Jabor.

Recomeço

Quem não gosta, não é mesmo?
Então, agora o que me parece é que finalmente tô pronta pra dar início a um projeto imaginado a seis meses atrás.
A história é que resolvi pesquisar sobre o amor.
Criei um blog com uma amiga, O BANQUETE, e lá já debatemos algumas coisas, porém combinamos dele não ser tããão particular e enfim, a história lá é outra, apesar de tratar do mesmo tema. Talvez repita de lá aqui ou aqui lá, algumas coisinhas.
Mas aqui vou jogar de tudo. Visões minhas a cerca dessa "coisa" louca, conclusões de outros tantos que admiro e me guio, poemas, contos, crônicas e principalmente entrevistas feitas por mim, a pessoas escolhidas nem tanto aleatoriamente. Agora no começo, vou jogar umas coisas que já tenho reunidas e depois a frequência das postagens deverá diminuir e regularizar, assim espero.

Enfim. Mãos a obra.

sábado, 15 de agosto de 2009

Despir-se [2]

Despir-se. Talvez seja esse o segredo da vida, do amor. Despir-se de tudo, de todos. É sim, é preciso. Se despir do que passou, do que fez mal, do que maltratou e até mesmo do que foi bom. Quem sabe essa dor de cabeça não vai embora se eu simplesmente me despir dela. Já fiz isso, já fizemos isso! Sim! A exatos 7 meses estávamos despidos de tudo.
E isso nos faz(fez) leves, felizes, amantes e amados, por eles e pela vida, por tudo e por todos. Quero cuspir esse aglomerado de sujeiras que estou guardando. Quero vomitar essas pessoas que insistem em morar em mim.
Vozes nos fazem acreditar que a verdade é o que elas dizem. E como elas dizem dentro da gente, pensamos que somos nós que estamos dizendo. Não! Não sou eu! Ela diz o que eu não acredito ser.
Quero voar, quero subir, subir além, subir a cima do além. Quero sentir o cheiro da rua, das pessoas, da liberdade. Não é verdade que eu só quero pedir, só quero pra mim. Não, não é bem assim. Se por acaso eu tiver algo que te interesse, esse algo certamente será teu. Sim, certamente.
Às vezes é preciso seguir caminhos onde só cabemos nós mesmos, mas ninguém, sabe? É, mais ninguém. É esse o caminho que procuro. Não. Na verdade eu não sei o que quero. Na verdade só sei o que não mais quero. E isso eu não quero!
Calma, só é preciso calma. Calma pra viver devagarzinho. Sem atropelar os pensamentos. Calma pra dançar, comer, beber, cantar. Calma. Calma. Calma.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

O velho e a flor

O que faz escrever aos que escrevem o que quer que seja, em minha opinião, nada mais é do que a necessidade de tornar comum uma idéia comum, nem que seja somente a si, já que tantas vezes ao lermos algo que escrevemos, parece que foi outra pessoa que escreveu, e é verdade, foi sim outra pessoa, afinal temos tantas dentro da gente que morremos sem conhecer todas...
Não sei ainda como me comportar ao ouvir alguém dizer que nada entendeu do que saiu dos meus dedos, e por enquanto o que faço é matutar até achar um jeito de fazer esse alguém me entender. Talvez isso não seja pra tudo, mas em se tratando do que tratei, o absurdo que é o amor, faço sim questão que compreendam minha idéia, porque acho uma vida inválida aquela vivida sem ao menos se tentar uma vez saber o que é o amor.
Enfim, ao acordar, ouvi a voz do meu anjo torto, dizendo: -Por que não roubas minhas palavras? E eu respondi: -Posso? E ele, em um sonho que sonho a todo instante respondeu: -Sou teu, minhas palavras são tuas!
Não, não, eu não havia acordado! Não passou de um sonho!
Haaa, que sonho, que delírio, que ousadia a minha.
Mas quem não sonha, quem não acredita em sonhos, morreu.
E como não é o meu caso, vou sim roubar tuas palavras, meu mestre.
E sendo assim, aqui vai uma síntese do que outrora escrevi.


Por céus e mares eu andei, vi um poeta e vi um rei na esperança de saber o que é o amor.
Ninguém sabia me dizer e eu já queria até morrer, quando um velhinho com uma flor assim falou: - O amor é o carinho, é o espinho que não se vê em cada flor. É a vida quando chega sangrando aberta em pétalas de amor.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Amara Cristina Botelho

Dediquei não só meu trabalho de conclusão de curso, mas também todas as bonificações que essa conquista me trouxe, a Amaro Cavalcanti, grande mestre que me mostrou a beleza contida nas letras. Homem sábio e encantador com quem aprendi a cada dia convivido e que, mesmo na hora da partida me deixou uma lição, só mais uma entre as inúmeras outras que assim como ele, foram e certamente serão fundamentais em minha vida. Esta foi a homenagem prestada a Amaro que, mesmo sem saber, foi o principal responsável por esse momento, um momento de infinita felicidade e que só faz aumentar a chama da paixão que sinto pelas letras, pela literatura.
Algum tempo depois de conhecer e aprender a se entregar às letras com esse homem, conheci uma mulher, mulher que me fez reviver e reascender a chama dessa paixão que estava um pouco apagada, Amara Cristina Botelho! Ela! Foi assim que no dia 5 de setembro de 2008, às 18:50 a descrevi em meu diário, “ELA! Cristina Botelho, eis a mulher! Quando crescer, ou não, quero ser igual a ELA!”, escrevi jamais cogitando a idéia de um dia poder lhes revelar esse momento.
E paro para pensar, será que é mesmo o acaso o responsável pelo nosso destino? Será que foi mesmo o acaso o responsável por essa oportunidade que estou tendo agora? Será mesmo que foi o acaso o responsável por me fazer perceber o que até o momento em que comecei a escrever esta singela homenagem, não havia percebido. E somente quando comecei, pensando em como homenagear você que assim como ele, não imagina o quanto foi e é fundamental em minha vida, tomei um susto! Ele, é Amaro, Ela, é Amara! Como pode tamanha semelhança! Homem e mulher que para muitos, escondem um g em seus nomes e os fazem crer que são amargos, mas em minha vida conseguiram o mesmo resultado, o de fazer enxergar a doçura que o amargo de duas palavras transmitem, através da literatura.
Esfrego agora as mãos em minha boca entreaberta por não acreditar no que meus olhos leem. Amaro e Amara.
Não sei mais o que dizer, fiquei em estado de choque!
E após alguns segundos parada em frente à tela, quase sem respirar, me veio um estalo! Ou melhor, uma voz que me disse: -Aproveita Ana, aproveita para fazer tudo o que não você pode fazer outrora, quando perdestes o teu querido mestre, aproveita para dizer a esta mulher o quão grata tu és por todos os momentos convividos, por todos os ensinamentos, por todas as descobertas, por todas as puxadas de orelha, pela alegria sentida quando notou que ela aprendeu teu nome e sempre te chamava atenção quando insistias em conversar com quem estava do teu lado, e principalmente por esse sentimento mágico que ela fez reascender em teu peito!
Amara, peço agora licença para assim te chamar, e para poder agradecer a você. E através de teu nome, lembrar dele e poder imaginá-lo sentado ai ao teu lado recebendo também esta homenagem, e quem sabe diminuir mais um pouco a mágoa e culpa que carrego em meio peito por não te-lo dito sequer um destes muitos obrigados que estou hoje a te dizer.
Amara, te agradeço por me mostrar o quão fundamental a literatura é para nossas vidas. Agradeço pelo que começo a sentir, que talvez seja o mesmo que vocês sentiram há alguns anos atrás quando estavam aqui onde estou hoje. Um desejo incomum de transmitir essa paixão, uma vontade incontrolável de gritar para todos ouvirem, que a literatura é a vida! De mostras a todos que através das letras, podemos encontrar todas aquelas respostas que precisamos para sermos felizes e encontrar nossos caminhos.
Amara, obrigada por esse momento, obrigada por estar aqui agora, obrigada por se dispor para ouvir estas palavras, simples e comuns diante de todas que você tão bem conhece, mas palavras estas que estão impregnadas de um sentimento sem nome, que quem sabe está um pouco em casa uma dessas letras escritas aqui e que só é representado, talvez, por um sinônimo.
Obrigada, talvez seja o sinônimo, e é o que te digo agora, por falta da outra palavra, e em nome de todos os meus colegas agradeço a você. E desejo que cada um de vocês, companheiros de quase quatro anos se imaginem aqui no meu lugar, homenageando os seus mestres queridos que tiveram, talvez a mesma importância na vida de vocês, que esta mulher, teve na minha. E peço aos professores aqui presentes que se sintam no lugar dela, toda a gratidão que esses alunos ofertam a vocês, e que ouçam a voz de cada um deles a dizer: -Obrigada, obrigado.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

É, para nós que temos paixão, são demais os perigos dessa vida.

Sei lá

Tem dias que eu fico pensando na vida e sinceramente não vejo saída.
Como é, por exemplo, que dá pra entender: A gente mal nasce, começa a morrer.
Depois da chegada vem sempre a partida, porque não há nada sem separação.
A gente nem sabe que males se apronta, fazendo de conta, fingindo esquecer que nada renasce antes que se acabe, e o sol que desponta tem que anoitecer.
De nada adianta ficar-se de fora. A hora do sim é o descuido do não.
Sei lá, a vida é uma grande ilusão.
Sei lá, só sei que ela está com a razão.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Quis saber

Hoje eu quis saber o que o desejo, de onde ele vem...
Fui até o centro da terra, de mim, é bem mais além.
Procurei uma saída, não tem... não tem.
Duas vidas, será?
Não sei... não sei.
De onde será que vem essa coisa estranha que nos faz querer, sonhar?
Bem e mal é o que nos faz
Gozo e desespero é onde nos leva
Prazer e lágrima
E ai, o que fazer com ele?
Pra onde desviar o pensamento que o traz?
Atuar.
Talvez.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Quero

Eu quero a sorte de um amor tranqüilo.
Com sabor de fruta mordida.
Quero! Quero sim, por que?
Quero, sonho, desejo, e se não fosse assim não estaria viva
E se não fosse assim, não seria Ana Maria.
Desde sempre ouvi meu pai dizer:
-Essa menina só quer o mais difícil.
E não é que hoje vejo que ele pode ter razão?
Ou não. Depende do ponto de vista.
Não digo que a fruta seja sempre doce, macia e saborosa.
Sei que às vezes, ela é amarga e trava, azeda e dura.
Que assim seja, quero-a assim mesmo.
Quero matar a sede na saliva, ser teu pão e tua comida.
Quero te dar todo amor que houver nessa vida.
E como disse nosso grande Poetinha:
-Não existe nada melhor nessa vida, do que dar amor, e receber amor de volta.
Quero transformar o tédio em melodia.
E com essa melodia transformar nossos dias nebulosos.
Mas o que eu quero mesmo, é a sorte de um amor tranqüilo.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Fórmulas

Fórmulas
Por que na escola, em aulas de Física
Química e até Matemática
Elas nos perseguem e todos os dias dão seu "Alô"
Se na verdade, para as decisões de nossas vidas
Para a resolução dos problemas reais
Elas, elas... Quem?
Fórmulas? Aqui não, Meu Camarada!
Nessas horas elas somem
Somem não! Elas nunca apareceram.

Hoje eu as desejo,
Sonho com uma que só existe em meus delírios
Quem me dera poder somar todos os momentos lindos
Depois os de tristeza também,
Mas para diminuir em seguida
E do resultado, multiplicaria pelos dias de alegria
Que citaram no problema.
Daí, com a certeza de que fiz como o Mestre ensinou
Dividiria por dois,
Dividiria por nós.
Misturaria Matemática com literatura - que não poderia faltar
E como resultado surgiriam letras em vez de números
Que por fim diriam:
E FORAM FELIZES PARA SEMPRE...

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Real

Tudo começa de novo, de volta a vida real.
Sem você e sem ela. Mesmo assim, tudo começa de novo.
Com outra cor, ou sem alguma cor, ela recomeça mesmo assim.
De manhã, vem o sim. Depois, o não.
Sem o sim e o não todo o dia, fico com o...
O medo. É, fico com medo de não poder mais, de não...
Não sei.
Destesto não saber.
Será mesmo preciso?

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Sem cor.

Mas deite aqui perto de mim, vamos acalmar num abraço.
Nublado. O céu tá cinza, meu coração tá cinza e chora. Meus olhos também.
Não faço pra te aborrecer, não to triste nem to deprê, to tentando ficar sossegada.
Não há o que esclarecer, não há nada de errado, é que às vezes o silêncio (e a ausência) tapa os buracos e assim quem sabe, o amor prossegue intacto.
Pode parecer estranho, pode ser que ninguém entenda, mas hoje quero a solidão a meu lado, quero o sossego da respiração daquela criança desejada, quero o sossego daquele arco-íres que a pouco me fez ver cores bem no meio da vida que hoje tá cinza, desbotada, sem cor, bem daquele jeito que fica quando queridos partem para outro vida, outra jornada, sabe?
Não sei se devia dizer isso, mas sinto tanto tua falta. Escrevi e apaguei, mandei e recolhi, revelei a ti meus pensamentos, mas em seguida te privei.
Hoje apesar da falta de cores, sonhei. Sonhei com sorrisos sem fim, abraços daqueles que te dei quando tive medo, quando tive medo de tudo sem você.
Sonhar é o que me resta agora, sabe?
Quem sabe não sonho com... Não posso mais. Até breve, eu espero.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Tudo vira bosta!

O ovo frito, o caviar e o cozido
A buchada e o cabrito
O cinzento e o colorido
A ditadura e o oprimido
O prometido e não cumprido
E o programa do partido
Tudo vira bosta...

O vinho branco, a cachaça, o chope escuro
O herói e o dedo-duro
O grafite lá no muro
Seu cartão e seu seguro
Quem cobrou ou pagou juro
Meu passado e meu futuro
Tudo vira bosta...

Um dia depois
Não me vire as costas
Salvemos nós dois
Tudo vira bosta...

Filé 'minhão', 'champinhão', 'Don Perrinhão'
Salsichão, arroz, feijão
Mulçumano e cristão
A Mercedes e o Fuscão
A patroa do patrão
Meu salário e meu tesão
Tudo vira bosta...

O pão-de-ló, brevidade da vovó
O fondue, o mocotó
Pavaroti, Xororó
Minha Eguinha Pocotó
Ninguém vai escapar do pó
Sua boca e seu loló
Tudo vira bosta...

Um dia depois
Não me vire as costas
Salvemos nós dois
Tudo vira bosta...

A rabada, o tutu, o frango assado
O jiló e o quiabo
Prostituta e deputado
A virtude e o pecado
Esse governo e o passado
Vai você que eu 'tô cansado'
Tudo vira bosta...

Um dia depois
Não me vire as costas
Salvemos nós dois
Tudo vira bosta...

Tudo vira bosta...

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Que venha 2009!

Que a cada dia nos encontremos um pouco.
Paciência é o desejo maior.

Amor, amor e amor!




ps: Saúde só pra completar.