sábado, 26 de novembro de 2011

O que quero.

Preciso mais do que quero. 
Preciso de Sol! Não tô falando de ficar bronzeada, nem de ir a praia, mas de um outro tipo de calor.
É que aqui tá tudo muito frio, sem calor, sabe?
E eu tô começando a acreditar nas pessoas que me diziam que só o calor humano aquece.
Um, dois, três, vários dias assim, no frio. Chega, quero mais não!
Quero agora e até o sem fim, tudo o que aquece. Colo, abraço, beijo, olhar, pernas enlaçadas, um só lençol.
Ultimamente o que mais tem me aquecido são as lágrimas que correm em meu rosto, e os sonhos que permeiam meu sono. Principalmente os que sonho acordada, mas que duram tão pouco que passam como um sonho de dormindo.
Quero aquele calor permanente, duradouro e presente.
Tenho aprendido que só o coração quente não é suficiente. Os corpos precisam também estar. 
Estar juntos e aquecidos. Não o tempo inteiro, mas sempre.
"Tudo o que acontece tem um propósito e deixa com a gente uma lição que por menor que seja, tem sua importância." Isso é uma desculpa ou uma verdade?
Vai saber. Me resta acreditar e confiar como verdade. 
Assim, quando o sol me encontrar e me fizer devidamente aquecida, terei aprendido alguma coisa com esse frio todo que to sentindo.
Ah, antes que eu esqueça, acho que no dicionário esse frio também consta como solidão. 

sábado, 19 de novembro de 2011

Foi ontem.

Ao ouvir "Cangote" sendo cantada alí na minha cara, por aquela voz doce que você bem conhece, senti aquela gota quente se formando em meus olhos. Eu sei que choro quase todos os dias da minha vida. Mas dessa vez me concentrei na gota pra tentar sentir melhor tudo aquilo.
Foi somente uma em cada lado. Senti quando ela se libertou e finalmente nasceu. Ficou ali, quentinha e parada em algum declive de meu rosto. Parada como se tentasse, também ver tudo aquilo que acontecia pelo máximo de tempo possível. Ela ficou parada e eu a sentia tão quentinha e gostosa como aquele lugar onde fiz meu achego e meu alento, que quando chego lá, nada mais é preciso, porque num silêncio tudo se explica.
E era isso, naquela hora dentro de mim só havia o silêncio e a saudade. Saudade de me encaixar no teu cangote, sentir teu cheirinho de paz e dormir com ela.
Lembro de cada segundo. Parei e vivi aquele momento com as gotas que também pararam para ver todo o espetáculo a que a saudade me proporcionou.
Mas a vida é mais forte que tudo. E ela nos leva ao seu encontro a qualquer custo, não adianta tentar o contrário. Ela veio em forma de vento, levou a gota e o momento.
E já que tinha de ser assim, pedi pra ele levar junto com uma gota, minha saudade. E junto com a outra um sussurro pro teu sonho, qualquer um que te fizesse lembrar do meu amor e do meu desejo de te ter comigo.
Ele levou e tudo voltou em minha volta. As pessoas, a voz, as vozes, os cigarros, as bebidas, as cores e o calor. Que formou gotas por todo o meu corpo, me cobrindo de saudade.

domingo, 27 de março de 2011

Insensatez

Quem semeia vento, diz a razão, colhe sempre tempestade.
A insensatez que você fez, coração mais sem cuidado. Fez chorar de dor, o seu amor, um amor tão delicado.
É duro quando a gente percebe que quase tudo pode ser mentira. Afinal, o que é verdade? O que é de verdade?
Sempre que vou escrever algo, acho muito feio e chato porque só sei fazer perguntas, mas é que escrevo pra quem sabe encontrar o caminho pras minhas respostas.
Sei que a TPM ajuda a proliferar as interrogações, mas as decepções é que são o estopim.
Sempre soube que as coisas mudam e que janeiros como aquele não teria jamais. Olhava pros nossos sorrisos, pros nossos pés sambando, olhava tudo tentando gravar como fotografias aqueles momentos inesquecíveis e inigualáveis que passamos juntos, e de fato eu estava certo em faze-lo, já que eram momentos de loucura tua.
Fomos teus companheiros na loucura, surtamos junto contigo, mas ficamos naquele manicômio em que você saiu e ficou sã.
(Mas será que felicidade, alegria e insanidade não são primas? irmãs?)
Sinceramente acredito que sim. E aquela loucura que viveste, ainda vivo e quero viver. Quando venho pra vida não me sinto muito bem. Ser normal não me apetece.
Quero sempre conhecer o novo e aprender a ser mais nós do que eu. Eu é um ser muito sozinho, e é impossível sim, ser feliz sozinho.
Se pensamos direitinho, facilmente percebemos que nunca seremos Eu, sempre somos nós. Temos vários dentro da gente. E é com a gente de fora que aprendemos a lidar com essa gente de dentro. É aprendendo a entender e aceitas esse povo todo que a gente convive todo dia que a gente aprende a lidar todo dia com todo mundo que mora lá dentro.
Contigo eu era uma, com ele sou outra, com ela outra, e assim por diante.
É necessário aprender tanto coisa.
Outra delas é a perder. Aprender, perdoar e se perdoar por isso, sem procurar culpados, simplificando apenas. Aceitar e quem sabe aprender.
Aprender que as coisas sempre mudam e sempre mudarão.
Ser felizes com as fotografias que revelamos em nossos álbuns de recordações que trazemos no peito. Revelar tudo e guardar num lugar seguro e arejado para sempre que sentirmos saudade, olhar para elas e recarregar nossa energias sentindo ao menos um pouco de toda a felicidade que aquele momento nos trouxe.
Amar. Sobretudo é preciso amar. Aprender a amar.