quarta-feira, 16 de junho de 2010

Desenredo

Eterno ir e vir
Voltei pro zero
Não segui meu instinto
Senti a hora de parar
Sim! Naquela tarde, ao ler tudo aquilo, senti.
Ouvi minha voz dentro de mim me dizendo que não devia pisar ali.
Como sempre, desobedeci. Me desobedeci.
Eu sabia sim que não devia ir
Sim, sabia que ali ia me perder e pra encontrar de novo o caminho de volta ia doer
Mas é tão fácil quando a gente tá de fora.
Fácil no sentido de enxergar o melhor caminho
E de achar super fácil seguir por ele
Mas existe uma força maior dentro de mim
Eu sei que sou eu que faço essa força crescer
Que meu pensamento é a vitamina dessa força
Mas deixo sim ela crescer
E vou continuar deixando
Assim será a nossa vida
Uma tarde sempre a esquecer, uma luz a se apagar na treva.
Um caminho entre dois túmulos.
O meu e o teu.
Esse caminho deve ser meu futuro
Tem que ser, preciso aceitar.
Mas confesso que talvez insista em desenredar mais uma vez essa história
Confesso que não gosto de cemitérios e ter que me enterrar e te enterrar
Te enterrar em mim
Confesso que não quero chorar teu enterro
Prefiro recriar mil vezes o meu fim.
Mas sinto que agora esse fim se faz preciso.
Mesmo que depois ele deixe de ser o fim e se torne um fim.
Mas sinto que ele precisa ser o fim.
A gente sempre se acha forte.
Que nada!
Mais frágil impossível.
Tanto faz
Nem precisa ler
Só fiz jogar umas palavras que me vieram na cabeça
Pra no final resumir no q eu já disse
Me fudi!
É q são tantas coisinhas
Pequenas coisas que a todo tempo me vêm na cabeça como uma recordação
Mas passaram as horas em que lembrar dessas "coisinhas" me faziam sentir bem
Agora estão me fazendo mal
"mal"
Fico angustiada
Não sei exatamente porque
Desconfio mas não sei
Me sinto repetindo tudo, a mesma ladainha
E é muito ruim ver o mesmo filme tantas vezes
Quando o filme é ruim, claro.