sábado, 30 de agosto de 2008

Ontem e hoje

Nascida em Recife, lá vivi alguns dos meus anos iniciais.
Da primeira escola me restam pouquíssimas lembranças, as que aparecem mais são as da escolinha seguinte, a primeira professora de que me recordo e as amiguinhas com quem aprendi a rezar o "Santo anjo".
Fugia de casa porque queria brincar toda hora, porque queria o que queria e pronto.
No verão, banho de mar com Vovó Nita no começo da manhã, no resto dela, castelinhos de areia, a tarde, passear de bicicleta, jogar vôlei, pular a casa do vizinho, andar por aí, voltar à praia e fazer o que desse na telha até a noite chegar para se agasalhar e durante a semana dormir, mas nos fins dela tomar banho de chuva quando chovia, cantar e tocar até quando a voz pedir pra dormir, ver a lua nascer e esperar a estrela cadente, tomar sorvete na praça, furar a orelha até não poder mais e comprar muitas bugingangas para voltar às aulas e chamar toda a atenção desejada.
Chega a idade mais conturbada, não conto tanto com os hormônios, mas as descobertas, ah, foram tantas.
Junto com ela, a escola que pra sempre marcará minha vida, Colégio de São Bento de Olinda. Eis o mais novo integrante de minha vida, como é bom lembrar daquele lugar onde conheci as pessoas que me acompanham e certamente me acompanharão pro resto da vida, como esquecer do primeiro beijo, do primeiro amor, que ali resurgiu com tanto força que hoje me vem na memória como um desses romances que lemos por aí, dos amigos melhores que eu poderia ter.
Chega a idade adulta e como diz um amigo, "maldita hora em que crescemo!". Dizem que toda fase tem seu brilho, deve ser mesmo, se não fosse o surgimento de um novo e tão grande amor, até hoje não saberia qual o brilho dessa nova fase.
E assim vou vivendo a procura do brilho de cada dia, do momento que faz valer o dia, a vida.

29/08/2008 - sexta-feira

Sempre quis fazer isso, melhor, sempre pensei em fazer isso, mas tinha um medo. É, aquele medo que sempre me atrapalha de viver, o de morrer! Ah medo infeliz! Um dia perco ele!

Resolvi escrever sempre ao final do dia, ao menos que esteja doente e não tenha condições físicas para isso, somente nessas condições me liberarei.

Hoje foi um dia positivo, todos são, mas hoje foi legal. Acordei com ele, senti seus abraços durante a noite e acordei feliz, cheia de dúvidas como sempre, mas feliz.

Fiz chocolates e fui ao estágio. Lá me diverti, conversei, brinquei, superei, eis a palavra, superei as dificuldades com simpatia e fui até elogiada! Fiz algumas coisinhas pra facul e depois fui, conversei com colegas, debati, vendi chocolates e fui pra casa.

Em casa assisti ao filme que me encorajou a começar a escrever: “Escritores da liberdade”. Sim, sou um deles.

30/08/2008

Comecei meu dia escrevendo minha tese de graduação. Atualidade, eis o tópico seguinte. Recorro a um livro que possuo em minha estante, abro, folheio, pesquiso, encontro. Não o que procurava, como sempre nos ocorre, sempre encontramos o que não procuramos. Um escrito feito por mim à meu saudoso mestre Amaro Cavalcante. Escrevi e não o enviei, talvez o que mais me arrependo nos meus recentes 21 anos de vida.

Parei.

Decide que em ti buscarei inspiração para minha vida, em especial a literária, tenho certeza que meu anjinho te deu o recado que tanto pedi, que olhe para e por mim e me envie uma luz, talvez o que acaba de me acontecer seja um fruto do meu pedido, um recado seu. A cada dia sinto que sabes da importância que tens em minha vida mesmo sem ter te dito ainda quando estavas por qui, ainda é fraca essa certeza, mas espero que a cada dia ela cresça.

Agora só me resta... obrigada!