terça-feira, 4 de agosto de 2009

O velho e a flor

O que faz escrever aos que escrevem o que quer que seja, em minha opinião, nada mais é do que a necessidade de tornar comum uma idéia comum, nem que seja somente a si, já que tantas vezes ao lermos algo que escrevemos, parece que foi outra pessoa que escreveu, e é verdade, foi sim outra pessoa, afinal temos tantas dentro da gente que morremos sem conhecer todas...
Não sei ainda como me comportar ao ouvir alguém dizer que nada entendeu do que saiu dos meus dedos, e por enquanto o que faço é matutar até achar um jeito de fazer esse alguém me entender. Talvez isso não seja pra tudo, mas em se tratando do que tratei, o absurdo que é o amor, faço sim questão que compreendam minha idéia, porque acho uma vida inválida aquela vivida sem ao menos se tentar uma vez saber o que é o amor.
Enfim, ao acordar, ouvi a voz do meu anjo torto, dizendo: -Por que não roubas minhas palavras? E eu respondi: -Posso? E ele, em um sonho que sonho a todo instante respondeu: -Sou teu, minhas palavras são tuas!
Não, não, eu não havia acordado! Não passou de um sonho!
Haaa, que sonho, que delírio, que ousadia a minha.
Mas quem não sonha, quem não acredita em sonhos, morreu.
E como não é o meu caso, vou sim roubar tuas palavras, meu mestre.
E sendo assim, aqui vai uma síntese do que outrora escrevi.


Por céus e mares eu andei, vi um poeta e vi um rei na esperança de saber o que é o amor.
Ninguém sabia me dizer e eu já queria até morrer, quando um velhinho com uma flor assim falou: - O amor é o carinho, é o espinho que não se vê em cada flor. É a vida quando chega sangrando aberta em pétalas de amor.

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