sábado, 15 de agosto de 2009

Despir-se [2]

Despir-se. Talvez seja esse o segredo da vida, do amor. Despir-se de tudo, de todos. É sim, é preciso. Se despir do que passou, do que fez mal, do que maltratou e até mesmo do que foi bom. Quem sabe essa dor de cabeça não vai embora se eu simplesmente me despir dela. Já fiz isso, já fizemos isso! Sim! A exatos 7 meses estávamos despidos de tudo.
E isso nos faz(fez) leves, felizes, amantes e amados, por eles e pela vida, por tudo e por todos. Quero cuspir esse aglomerado de sujeiras que estou guardando. Quero vomitar essas pessoas que insistem em morar em mim.
Vozes nos fazem acreditar que a verdade é o que elas dizem. E como elas dizem dentro da gente, pensamos que somos nós que estamos dizendo. Não! Não sou eu! Ela diz o que eu não acredito ser.
Quero voar, quero subir, subir além, subir a cima do além. Quero sentir o cheiro da rua, das pessoas, da liberdade. Não é verdade que eu só quero pedir, só quero pra mim. Não, não é bem assim. Se por acaso eu tiver algo que te interesse, esse algo certamente será teu. Sim, certamente.
Às vezes é preciso seguir caminhos onde só cabemos nós mesmos, mas ninguém, sabe? É, mais ninguém. É esse o caminho que procuro. Não. Na verdade eu não sei o que quero. Na verdade só sei o que não mais quero. E isso eu não quero!
Calma, só é preciso calma. Calma pra viver devagarzinho. Sem atropelar os pensamentos. Calma pra dançar, comer, beber, cantar. Calma. Calma. Calma.

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