terça-feira, 30 de setembro de 2008

Apaixonar

Se apaixonar por uma única pessoa não é o mesmo que não se apaixonar por mais ninguém.
Antes de se apaixonar por um tal alguém, nos apaixonamos várias vezes, as vezes até por dia.
Aí podemos nos entregar a ela, e assim fazemos de tal forma que o coração de tanto gelar não sei como não para, a barriga se embrulha tantas vezes que não é possível fazer a digestão então paramos até de comer.
Os olhos não se olham mais, e tudo termina, lágrimas as vezes se fazem necessárias para que aquela vá embora, outras não, porque uma outra paixão já surge e assim seguimos com essa tão conhecida por muitos e desejada por tantos outros.
Uma por semana, por dia, por mês, são tantas as paixões que não é possível fazer a soma correta. Beijos fazem parte do conteúdo, abraços e amassos vêm em seguida.
Mas em seguida mesmo vem o verdadeiro dono do nosso olhar, ou dona se for o caso.
Quando ele chega, no meu caso, tudo o que passou foi brincadeira, fica na lembrança e o que ficou sempre esta presente.
Ele chega e toma conta de tudo.
As paixões acontecem, mas não supera a paixão. Por dono, não permite que mais ninguém domine o olhar da amada.
Não é que deixamos de olhar, e por olhar nos apaixonamos.
Mas o que é o momento perto da eternidade?
Mesmo que o momento apareça e se vá inúmeras vezes, não chega perto da soma dos momentos que o dono dos nossos olhares nos proporciona a cada dia, a cada beijo apaixonado, a cada gesto sutil, a cada aconchego durante a noite que as vezes despertamos prazerosamente para senti-lo.
As outras, vem e vão. Ela, a paixão quem enlaçou nossos olhares fica, perdura, permanece, se eterniza.
E assim sigo com meu olhar sempre perto dos olhos seus.
E a tristeza sempre encontra seu fim.
E a felicidade...

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